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Resolução de problemas

    06/09/2022

Hoje conversamos sobre a metodologia de resolução de problemas. Foi apresentada como uma forma eficaz para desenvolver o raciocínio matemático (só? claro que não!) e para motivar os alunos para o estudo da matemática. "Um método, não uma técnica pela técnica", afirmou o professor.

Proporciona a possibilidade de chamar os sujeitos para se envolverem na aula, desenvolver coletivamente atividades, o que pode cativar os alunos para a matemática.

O aprendizado por reprodução ou imitação não deve ser a tônica da resolução de problemas. O desafio é levar o aluno a pensar, a desenvolver novas possibilidades, romper com o tradicional, tanto o aluno como o professor.

Problema: toda situação que, desafiando a curiosidade, possibilita uma descoberta.

Lidar com um problema significa... problematizar, perguntar, instigar o desejo de participar, de responder...

A metodologia consiste em:

1) ler e entender o problema;
2) elaborar um plano para resolver o problema (qual a estratégia?);
3) executar o plano elaborado; e
4) fazer o retrospecto (examinar a solução obtida)

Um problema difícil

Pedro Bandeira


Era um problema dos grandes. A turminha reuniu-se para discuti-lo e Xexéu voltou para casa preocupado. Por mais que pensasse, não atinava com uma solução. Afinal, o que poderia ele fazer para resolver aquilo? Era apenas um menino!

Xexéu decidiu falar com o pai e explicar direitinho o que estava acontecendo. O pai ouviu calado, muito sério, compreendendo a gravidade da questão. Depois que o garoto saiu da sala, o pai pensou um longo tempo. Era mesmo preciso enfrentar o problema. Não estava em suas mãos, porém, resolver um caso tão difícil.

Procurou o guarda do quarteirão, um sujeito muito amigo que já era conhecido de todos e costumava sempre dar uma paradinha para aceitar um cafezinho oferecido por algum dos moradores.

O guarda ouviu com a maior das atenções. Correu depois para a delegacia e expôs ao delegado tudo o que estava acontecendo.

O delegado balançou a cabeça, concordando. Sim, alguma coisa precisava ser feita, e logo! Na mesma hora, o delegado passou a mão no telefone e ligou para um vereador, que costumava sensibilizar-se com os problemas da comunidade.

Do outro lado da linha, o vereador ouviu sem interromper um só instante. Foi para a prefeitura e pediu uma audiência ao prefeito. Contou tudo, tintim por tintim. O prefeito ouviu todos os tintins e foi procurar um deputado estadual do mesmo partido para contar o que havia.

O deputado estadual não era desses políticos que só se lembram dos problemas da comunidade na hora de pedir votos. Ligou para um deputado federal, pedindo uma providência urgente. O deputado federal ligou para o governador do estado, que interrompeu uma conferência para ouvi-lo.

O problema era mesmo grave, e o governador voou até Brasília para pedir uma audiência ao ministro.

O ministro ouviu tudinho e, como já tinha reunião marcada com o presidente, aproveitou e relatou-lhe o problema.

O presidente compreendeu a gravidade da situação e convocou uma reunião ministerial. O assunto foi debatido e, depois de ouvir todos os argumentos, o presidente baixou um decreto para resolver a questão de uma vez por todas.

Aliviado, o ministro procurou o governador e contou-lhe a solução. O governador então ligou para o deputado federal, que ficou muito satisfeito. Falou com o deputado estadual, que, na mesma hora, contou tudo para o prefeito. O prefeito mandou chamar o vereador e mostrou-lhe que a solução já tinha sido encontrada.

O vereador foi até a delegacia e disse a providência ao delegado. O delegado, contente com aquilo, chamou o guarda e expôs a solução do problema. O guarda, na mesma hora, voltou para a casa do pai do Xexéu e, depois de aceitar um café, relatou- lhe satisfeito que o problema estava resolvido.

O pai do Xexéu ficou alegríssimo e chamou o filho.

Depois de ouvir tudo, o menino arregalou os olhos:

– Aquele problema? Ora, papai, a gente já resolveu há muito tempo!

E essa foi a noite do quarto dia! 

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